Camber e Efeito Cone é o ângulo formado pela inclinação do terminal da roda com o plano horizontal.
Tem influência direta no desgaste irregular dos ombros do pneu se não observada a sua correção necessária.
Camber
O ângulo de Camber é formado pela inclinação da roda para dentro ou para fora em relação à linha vertical natural (plano de 90°). Este ângulo é medido em graus.
O ângulo de Camber poderá ser: Positivo, Negativo ou Nulo (Zero)
Ângulo Positivo: Quando a parte superior da roda está inclinada para fora.
Ângulo Negativo: Quando a parte superior da roda está inclinada para dentro.
Ângulo Nulo: Quando as rodas estiverem perfeitamente perpendiculares sobre a pista.
A função do camber é distribuir o peso do veículo sobre a banda de rodagem dos pneus de maneira uniforme, evitando desgaste irregular deles.
Camber Excessivamente Positivo
O Camber excessivamente positivo ocasiona um desgaste prematuro na parte exterior do pneu (ombro externo), pois projeta o ponto de carga do veículo para parte interna do eixo da roda, reduzindo o efeito de alavanca.
Camber Excessivamente Negativo
O Camber excessivamente negativo ocasiona um desgaste prematuro na parte interior do pneu (ombro interno), pois projeta o ponto de aplicação do peso do veículo para extremidade do eixo da roda, gerando um efeito de alavanca que causa instabilidade vertical e fadiga, tanto no eixo quanto nos demais componentes da suspensão.
Efeito Cone (Camber Desigual)
Quando analisamos o ângulo de camber é importante respeitar as diferenças de valores entre as rodas esquerda e direita. Na maioria das vezes as montadoras oferecem no manual do veículo os valores de câmber e as tolerâncias de camber cruzado.
Quando estes valores não são apresentados, toma-se por base o limite de diferença entre as rodas esquerda e direita de no máximo 0°30’ (½ Grau).
O Efeito Cone se dá quando encontramos valores de câmber acima de 0°30’ (½ Grau) lado a lado (roda esquerda e direita).
Este efeito tem como característica fazer com que a roda tome um sentido de curva, e em alguns casos tire o veículo de sua trajetória normal proporcionando ao condutor uma dirigibilidade comprometida, pois o mesmo pode fazer com que o veículo puxe para o lado em que o efeito cone estiver ativo.
Vejamos os exemplos relacionados abaixo:
Na Cambagem positiva a roda forma um cone com o solo na parte externa do veículo, tendo uma tendência de puxar para a direita.
Na Cambagem negativa a roda forma um cone com o solo na parte interna do veículo, tendo uma tendência de puxar para a esquerda.
Em uma situação em que o camber esquerdo está positivo e o direito está negativo; podemos então compreender que o veículo terá sua trajetória afetada pelo efeito cone, tendendo a puxar para a esquerda (no sentido de marcha).